Grécia: O Museu Arqueológico de Delfos

A exposição que guarda a história do famoso Oráculo 


Localizado ao lado do sítio arqueológico de Delfos está um museu com coleções ricas, principalmente de escultura arquitetônica, estátuas e objetos menores doados ao santuário nos tempos antigos. Refletem as atividades religiosas, políticas e artísticas do lugar.


INFORMAÇÕES ÚTEIS

O museu acompanha o horário de funcionamento do sítio arqueológico (08h00 às 20h00) apesar da entrada ser feita por acessos distintos. O valor do bilhete é 6 euros, porém o mais vantajoso é comprar o combo "Sítio Arqueológico + Museu" que sai por 9 euros.

O museu está em um prédio de 2 andares, com uma área total de 2.270 m2, com 14 salas de exposição


EXPOSIÇÕES DA ANTIGUIDADE

A salas I e II do museu expõem os primeiros anos do santuário, antes do estabelecimento do culto de Apolo. Estatuetas micênicas e minóicas são as primeiras oferendas à nova divindade. Escudos Creto-cipriotas, uma tigela fenícia, fíbulas frígias e sirenes sírias estão entre as primeiras ofertas de bronze. Uma série de figuras masculinas votivas completa a exibição na sala I. Algo que achei bem enigmático foi a semelhança dessas estátuas com peças de civilizações pré-colombianas das Américas.

Seres voadores


Não seria semelhante a estatuetas Maias?


Estátua de Pakal, Rei Maia, exposta no Museu da Cidade, no Parque Ibirapuera, SP, em 2014 (imagem internet)


Escudos de bronze de origem em Creta


Estatuetas de touro de bronze


OS TESOUROS (CAPELAS)

Os tesouros eram capelas construídas no caminho do templo de Apolo como reconhecimento das Cidades-Estado gregas pelas vitórias conquistadas devido à orientação do Oráculo. São, na verdade, capelas ornamentadas como o Tesouro dos Sifnos (Sala V), mas que hoje só restaram partes da fachada (friso frontão, leste, umbrais das portas e lintel, caryatides) e a Esfinge, uma das estátuas mais impressionantes do museu.

Pedaços da escultura que restou da fachada do Tesouro


Representação do combate em que os Sifnos foram vitoriosos


A imponente esfinge se destaca no museu


O Tesouro dos Atenienses (salas VII e VIII) é a única capela restaurada no santuário, porém muitas partes ainda se encontram no museu. A sala VII contém o friso, além de esculturas de amazonas a cavalo, partes dos frontões. As inscrições com os hinos a Apolo são apresentados na sala VIII. 

Representação de como seria o Tesouro dos Atenienses


OBJETOS CURIOSOS

Nada chama mais a atenção do que o ouro. Parece que este metal era comum nas oferendas dos antigos. Várias jóias e adereços dourados estão expostos no museu, principalmente nos restos da estátua de Atenas Pronaia.

Conjunto de utensílios de ouro


Pulseira de ouro


Mais enfeites de ouro puro


Restos do touro de bronze


Partes da fachada do Templo de Apolo também se encontram no museu, com estátuas e esculturas que ornamentavam a morada do Oráculo, principal atração mística do local.

Representação da fachada do Templo de Apolo



Estátuas da fachada que resistiram ao tempo


Observei que uma das estátuas da fachada possuía no relevo da vestimenta a suástica, símbolo muito antigo encontrado em diversas culturas pelo mundo e que atualmente foi denegrida pelo uso do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista. A suástica possuía significado positivo, sendo o símbolo da evolução do homem.


De repente, algo me chamou a atenção nesta estátua


Detalhe da roupa representada na estátua: marcas da suástica


O estilo apresentado nas estátuas também surpreendem, pela expressão que elas demonstravam, algo que chama a atenção na arte grega.

Estátua tripla


Criança com olhar macabro


Na Sala XIII está a escultura denominada O Auriga, ou O Cocheiro. Aqui está uma famosa escultura representando um condutor de carruagens, uma das raras representações totalmente feita em bronze.

Ao fundo da estátua original está o desenho de sua antiga aparência


Finalizando a visita no museu está O fim do santuário (sala XIV), ilustrando os últimos séculos do santuário através de inscrições e retratos dos imperadores romanos, dentre outros, mostrando ainda vestígios da transição para a nova religião, o Cristianismo.

Próximo a saída do museu está uma maquete representando o antigo santuário de Delfos


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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.