MONTEVIDÉU (segundo dia)

Capital Uruguaia 2: a missão!

 


Depois do primeiro dia na cidade o qual me concentrei no centro histórico e no eixo da Av. 18 de Julio, no segundo dia em Montevidéu eu tinha a expectativa de explorar outras extremidades que possuem pontos interessantes.
Do hostel, parti direto para o Estádio Centenário que fica numa área arborizada muito bonita e que vale a pena caminhar para conhecer. De frente ao terminal Tres Cruces, andei pela direita na Boulevard General Artigas (Avenida larga que corta a cidade) até chegar no Obelisco de Montevidéu, mais uma vez presente o monumento de culto solar.
Do obelisco, já dentro da área arborizada e seguindo a Av. Dr. Luis Morquino até a Fuente Luminosa (que não tinha nada luminoso) se chega numa grande área a ser circundada do parque público. Fui pela esquerda para chegar mais rápido no Estádio.
 

Essa área possui diversos monumentos espalhados, como o Monumento a La Carreta, mas meu objetivo era chegar no principal que se chama Monumento a los Campeones Mundiales que homenageia a seleção uruguaia de futebol que ganhou a Copa do Mundo em pleno Maracanã em 1950. Essa era minha primeira prova do quão importante foi esse evento na história do país.
 
 


 

 Mais na frente está o Estádio e a entrada do Museo del Futbol. A entrada custa 100 pesos e é excelente para os amantes de futebol e, apesar de não ser o meu caso, achei muito interessante e acho que valeu a pena a visita. No primeiro andar, alguns banners e objetos mais recentes da história do futebol uruguaio. No andar superior, a história das Copas, inclusive com camisas de Maradona e outras autografadas de Pelé.

 
 
O mais impressionante são os espaços reservados aos títulos uruguaios nas Copas. O espaço do título de 50 é o maior, com um mural gigantesco com a foto do Maracanã! Apesar de nós brasileiros tivermos sido derrotados, é muito orgulho ver o quanto a vitória sobre o Brasil significou na história do uruguai. Prova maior disso foi o gol da vitória feito por Chiggia, fechando o placar Uruguai 2 x 1 Brasil, o qual é descrito como o gol do século!

Para fechar a visita está a entrada para a arena do Estádio Centenário que possui esse nome em homenagem ao centenário da criação da Constituição Uruguaia em 18 de julho de 1830.
 
 

O Estádio Centenário foi construído especialmente para sediar a primeira Copa do Mundo, em 1930. Não houve eliminatórias e apenas treze nações se inscreveram: sete da América do Sul, quatro da Europa e duas da América do Norte. Poucas equipes europeias decidiram participar por causa dos custos, afinal, o mundo estava em plena Grande Depressão. O estádio foi inaugurado em 18 de julho de 1930, data dos 100 anos de Constituição e com a Copa de 30 já em andamento, e também sediou a final dessa Copa, com o Uruguai ganhando a Argentina por 4x2.
 

Ao terminar minha aventura futebolística, voltei a atenção para a arqueologia, o problema é que no mapa que eu havia pego no posto de Informações Turísticas ainda no Aeroporto de Carrasco havia um local marcado como Museu de Egiptologia (!). Ora, um museu egipcio no Uruguai? Nem em minhas pesquisas eu tinha ouvido falar disso. Ele ficava a alguns quarteirões dali. Ao chegar no local, não passava de uma simples casa. Bati e atendeu um senhor meio desconfiado, mas ao saber que eu buscava o museu, me tratou bem mas informou que as visitas deveriam ser agendadas com 48h de antecedência. Também disse que esse museu possuía poucas peças e que seria melhor eu visitar o Museu da História da Arte que fica no Centro. Guardei essa informação comigo. A museu é particular e fica na Calle 4 de Julio, 3068. Para agendar a visita (48h) os contatos são: (598) 2 628 07 43/ 6225352, e-mail: juancast@yahoo.com e site: http://www.reocities.com/juansua8/.
 
 
 
Andei um pouco mais e conheci o Zoológico de Montevidéu, e o melhor, era uma quarta-feira e nesse dia a entrada é franca! Guarde essa dica se pretende visitar o Zoo. Ao lado do zoológico está o Planetário.







A partir desse momento resolvi voltar ao Centro e visitar o tal Museu da História da Arte. Peguei um ônibus coletivo (Linha 60-P INDEPENDENCIA) e cheguei no museu, que fica na Calle 18 de Julio 1360, esquina com a Calle Ejido. Eu não esperava encontrar um museu assim no Uruguai.
O Museu da História da Arte (MuHAr) contém réplicas de várias culturas pelo mundo, e é dividido em salões específicos de cada uma delas: Egípcia, Mesopotâmia, Persa, Hindu, Grega, Romana e Pré-Colombiana. Funciona de terça a domingo, de 12h às 17h30. Entrada franca.
Algumas peças são originais, como a múmia que pertenceu a um colecionador uruguaio. Sem querem descobri esse excelente museu.



 
Finalizando o museu, logo em frente havia uma lanchonete e parei para comer algo. Foi ali que provei a faina, uma espécie de massa, parecida com pizza, muito gostosa.
Peguei outro ônibus (Linha 116 POCITOS) e cruzei a cidade em direção ao Parque Rodó, um paisagístico parque público com um lago no centro. É como se fosse um Campo de Santana mas sem mendigos.






Ao atravessar o parque e chegar na Rambla Republica Argentina, na beira do Rio da Prata, fica o Edifício Sede do Mercosul.



Passando pelo Monumento a Confúcio e seguindo a Avenida Sarmiento, andando uns 2 quilômetros, cheguei na Playa de Pocitos. Pocitos é a Ipanema Uruguaia (só para os uruguaios). Ainda ali se encontra a Av. Brasil!
 



Já acontecera o pôr-do-sol que não foi grande coisa nessa praia então retornei (Linha 181 PASO MOLINO) para o hostel para preparar minha mochila (mas antes passei no Terminal 3 Cruces para jantar), pois no da seguinte teria que acordar bem cedo para seguir ao próximo destino: Colonia del Sacramento.

 

PARTIDA PARA COLONIA

Depois da passagem por Montevidéu eu pude fazer o raio-x da cidade: Uma cidade grande que parece cidade do interior, tudo calmo, espaçoso (sem tumultos e engarrafamentos) e pessoas educadas. Prova do valor que o país dá a educação é a gratuidade dos museus, por exemplo.

Leia mais em: Colonia del Sacramento

GASTOS DO DIA

Entrada Museo del Futbol – 100 pesos
Ônibus para Museu da História da Arte – 20 pesos
Almoço (faina) – 15 pesos
Ônibus para Parque Rodó – 20 pesos
Ônibus de volta ao hostel – 20 pesos
Jantar - 275 pesos


MEU ROTEIRO


Roteiro completo: MISSÃO URUGUAI-ARGENTINA

Próximo: COLONIA DEL SACRAMENTO

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Sobre o autor

Sobre o autor
Renan é carioca, mochileiro, historiador e arqueólogo. Gosta de viajar, fazer trilhas, academia, ler sobre a história do mundo e os mistérios da arqueologia, sempre comparando os lados opostos de cada teoria. Cada viagem que faz é fruto de muito planejamento e busca conhecer o máximo de lugares possíveis no curto período que tem disponível. Acredita que a história foi e continua sendo distorcida para beneficiar alguns grupos, e somente explorando a verdade oculta no passado é que se consegue montar o quebra-cabeça do mundo.